quarta-feira, 11 de junho de 2014

Os presos que libertam

Conheça os novos missionários da Universal

Vestidos com ternos alinhados, os futuros missionários posicionam-se em pé sobre o altar da Universal dentro do presídio Doutor Antônio Souza Neto, localizado na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. É um momento muito especial para todos eles, pois serão consagrados pelo bispo Afonso da Silva, responsável pela evangelização nos presídios do Brasil, para ajudar os presos com orações e a disseminação da Palavra de Deus.
O salão é espaçoso e abriga centenas de detentos sentados em poltronas. Acima do altar, o letreiro característico, com as palavras “Jesus Cristo é o Senhor”, confirma o Autor dos milagres que ocorrem ali dentro. Um refúgio para a dolorosa realidade expressada em grades e mais grades, atrás das quais os detentos devem conviver enquanto refletem sobre as consequências de seus atos.
Segundo o pastor Edson da Silva, responsável pela evangelização no presídio de Sorocaba, a Universal chegou ali há 12 anos. Ele conta que, no início, os pastores e obreiros evangelizavam os detentos apenas nos dias de visita.
Porém, certo dia surgiu a oportunidade, dada pela direção do presídio, de uma igreja se instalar dentro da área carcerária. Nenhuma outra igreja teve interesse em arcar com os recursos financeiros necessários, apenas a Universal, e foi assim que o trabalho de restauração da vida dos que passavam por aqueles portões começou diariamente.
Enquanto todos os presos oram em busca da libertação, o bispo Afonso convida quem possui alguma enfermidade a se aproximar do altar. Muitos são os testemunhos de cura: pessoas com dores de cabeça, dores nos braços, entre outros males.
Então, o bispo diz: “Não importa a sua idade, não importa o que você fez; o Senhor Jesus quer mudar a sua história, Ele está esperando que você tome uma decisão em aceitá-Lo.”
Transformando vidas
Pela crença geral na sociedade, para quem um dia é condenado a viver em uma cela e “entra de cabeça” no mundo do crime, a reabilitação é um alvo impossível de se alcançar, pois a vida na cadeia dá espaço para pensamentos cada vez piores e improdutivos. Um ambiente propício para o não uso da fé e para o crescimento da maldade.
Contudo, onde todos enxergam o fim do caminho, a Universal, enxerga a oportunidade de um recomeço. Um exemplo da possibilidade de mudança, promovida pelo Espírito Santo, é a vida do presidiário Paulo José França Muniz, de 38 anos.
Ele começou a praticar assaltos aos 10 anos de idade, no estado da Bahia. Cresceu em um lar alimentado pelas maldições: primeiro assistiu à separação dos pais e, logo depois, viu o pai tirar a própria vida.
“Eu era muito respeitado na vida do crime – roubando e matando. Tirei a vida de cinco pessoas. Com 17 anos, dava muito trabalho aos policiais da Bahia, e minha mãe sofreu muito. Quando ela ouvia falar que estava havendo um tiroteio na região, já sabia que era eu. Ela não aceitava a vida que eu levava. Até que chegou um dia em que a polícia falou para ela que eu não chegaria aos 18 anos”, recorda.
Por um tempo, Paulo decidiu deixar o mundo do crime. Então, a sua mãe, na esperança de ajudá-lo, permitiu que ele fosse para São Paulo, capital, para se distanciar das más companhias. Entretanto, não demorou muito para que ele formasse uma quadrilha com foco em roubo de empresas de ônibus – uma atividade que cultivou durante 6 anos.
Durante um assalto, Paulo e seus parceiros foram presos e levados até a extinta penitenciária do Carandiru, na zona norte de São Paulo.
“Me vi ali dentro preso, cheirando ‘farinha’, fumando maconha, igual a um louco. Todo mundo me abandonou. Me vi no fundo do poço. Fui evangelizado por um obreiro da Universal. Armei uma armadilha para matá-lo, mas não deu certo. Eu tinha uma raiva incontrolável do povo da Universal”, lembra.
Dia após dia, Paulo sentia-se abandonado por todos e já não via mais uma saída para o seu caso. “Eu me encontrava numa situação em que pensava em tirar a minha própria vida, pois já não tinha mais drogas para usar, nem família”, conta.
Porém, a ajuda que ele esperava veio de um detento, que evangelizava a todos na cela, convidando-os para os cultos da Universal realizados dentro do Carandiru. Com o tempo, Paulo foi aprendendo a desenvolver a fé no Senhor Jesus, enfrentou muitos desafios espirituais, mas conquistou a libertação. Hoje, mantém consigo apenas o desejo de ajudar a outros prisioneiros que sofrem como um dia ele sofreu.
“Nesses anos todos nada me abalou, por esse motivo me dedico a fazer a Obra de Deus cada vez melhor. Estou prestes a ganhar a minha liberdade e continuarei fazendo a Obra de Deus aí fora”, diz.
Os missionários
Paulo faz parte do grupo de quatro missionários consagrados nessa reunião especial, todos detentos do presídio em Sorocaba. Um missionário tem autoridade para orar e evangelizar, e, para conquistar esse direito, precisa ser batizado nas águas, ter se libertado de tudo o que lhe fazia mal, ser selado com o Espírito Santo e apresentar a transformação do Senhor Jesus.
Além de Paulo, também foram consagrados no altar Alexandre, Gilberto e Jefferson.
Alexandre Augusto, de 38 anos, já foi obreiro da Universal um dia, entretanto, com o tempo, esfriou na fé e deixou o desejo por estar na presença de Deus. Assim, começou a beber e a usar drogas. Contudo, atualmente, sente-se bem consigo mesmo e é grato a Deus pelo que Ele tem feito em sua vida. Por isso, deseja levar para outros presos a mesma fé que aprendeu com os servos de Deus. Quando o presídio cedeu o espaço para os cultos à Universal, Alexandre foi um dos voluntários a erguer a construção do salão onde ocorreriam as reuniões – o mesmo desse momento especial da consagração a missionário.
Gilberto Aleixo de Souza, de 41 anos, também se envolveu com drogas e, como consequência, teve de cumprir pena na cadeia. Porém, na prisão, desejou buscar por ajuda e assim conheceu o trabalho da Universal.
Jeferson Aparecido Sebastião, de 32 anos, tinha um comportamento muito rebelde, até mesmo dentro da prisão. Ele sentia tanto ódio de tudo, que ateava fogo com frequência em celas do presídio, colocando em risco a sua vida e a de outras pessoas. Porém, há 2 anos, ele pediu ajuda para a Universal, e, desde então, tem dedicado sua permanência na cadeia para aprender mais sobre a fé sobrenatural e ensinar aos outros detentos a como lutar contra o mal que os aflige todos os dias.
A consagração
No momento da consagração, o bispo Afonso pede para que os novos missionários dobrem seus joelhos no altar e, juntamente com os pastores que o auxiliam, derrama a taça de azeite sobre a cabeça de cada um, determinando que, por meio deles, Deus possa alcançar outras vidas e transformá-las, para que haja Salvação dentro dos presídios, por todo o País.
A partir daquele momento, os missionários, embora estejam atrás das grades, já não são mais presos, e sim, libertos pelo poder do Senhor Jesus, e prontos para levar essa libertação para os demais.
http://www.universal.org

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