quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Jornal israelense destaca a importância do Templo de Salomão

Publicação fala de um pedaço da Terra Santa acessível aos brasileiros

Em matéria recente, o jornal israelense Mosaf Calcalist publicou uma matéria (detalhe na foto) sobre o Templo de Salomão, em São Paulo, uma iniciativa da Universal, “uma igreja que abraça o mundo, que aspira a aproximar todos os seres humanos do Deus de Israel”, segundo o periódico.
Em um tom elogioso, o jornal reconheceu a importância das raízes judaicas para os cristãos, além do fato de o Templo ser uma opção para aqueles que não podem sair do Brasil para conhecer Israel e que agora têm, bem mais próximo, um pedaço do país onde a história de sua fé começou.

Leia abaixo a tradução da matéria:
De São Paulo sairá a Lei

Justamente no Brasil, há cerca de 1 mês, inaugurou-se o Templo – uma cópia exata do que Salomão construiu em Jerusalém, incluindo sacerdotes com o peitoral das Doze Tribos, Arca da Aliança e altar. Por trás desse projeto está Edir Macedo, empresário da mídia que fundou uma igreja que abraça o mundo, que aspira a aproximar todos os seres humanos do Deus de Israel, conforme ele explica ao jornal Mosaf Calcalist. Enquanto isso, o grandioso tabernáculo conquistou políticos e empresários brasileiros, e fiéis que oram pela paz de Israel em hebraico.
Quase 3 mil anos depois que o rei Salomão construiu o primeiro Templo sobre o monte Moriá, em Jerusalém, o bispo Edir Macedo reproduziu uma réplica do Templo em um bairro de São Paulo, baseado nos escritos da Torá sobre o Templo e nos achados arqueológicos. Foi construído um tabernáculo majestoso, luxuoso e caro: 300 milhões de dólares. Foram comprados 40 terrenos que, juntos, formam um só, grandioso.  É uma construção com 74 mil metros quadrados, que levou 4 anos para ser feita, com 1,4 mil funcionários, classes para o estudo bíblico para 1,3 mil crianças, cadeiras trazidas da Espanha, pedras de Hebrom, estúdios de rádio e televisão, heliponto, talits, candelabros e quipás trazidos de Israel, milhares de luzes de LED no teto e estacionamento para quase 2 mil carros. 
A abertura do Templo de Salomão, conforme é chamado, há 1 mês e meio, contou com a presença de milhares de pessoas, entre elas a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, visitantes locais e outros, como evangélicos que pertencem à Igreja Universal. Uma orquestra providenciou a trilha sonora e o público cantou músicas de adoração a Deus. Bispos e pastores com vestes brancas e cintos dourados levaram sobre um tapete vermelho a Arca da Aliança. Outros tocaram trombetas, como no antigo Templo. Um coral da África do Sul, os únicos entre o grande público com cores vibrantes, cantaram em inglês e zulu. 
Uma apresentação mapeada projetada sobre as paredes de pedra do Templo mostrou a história dos homens que creram, desde Abrão, nosso pai, até a Igreja Universal, é claro. Então subiu ao altar o fundador da Igreja e do Templo, o bispo Macedo, com quipá, talit bordado e uma barba que prometeu raspar somente quando o projeto fosse concluído.
Agora que o projeto está terminado, o resultado é uma megacasa de oração, aparentemente a maior do Brasil e uma das maiores do mundo. Com extensão de 126 metros, largura de 104 metros e altura de 55 metros, o Templo chama atenção de longe. Está no coração do Brás, em uma zona comercial e também em uma localização religiosa evangélica de muitas igrejas. Seu território é maior que a basílica de Nossa Senhora Aparecida, que é santificada pelo papa, e, no Rio de Janeiro, é maior que o Cristo Redentor, no Corcovado.

Experiência da Terra Santa no Brasil

Não está mal para uma Igreja jovem de 37 anos, que começou em um coreto improvisado no subúrbio. Logo mudou-se para o espaço de uma pequena funerária, e hoje conta com 10 milhões de fiéis espalhados pelo mundo, incluindo duas comunidades em Israel: Haifa e Tel Aviv-Jafa.
Macedo (69) nasceu e foi educado como católico. Porém, aos 25 anos, começou a frequentar uma igreja evangélica. Ele estudou teologia e religião em instituições acadêmicas, até que sua vontade de espalhar a Palavra de Deus era tão intensa que ele abandonou sua carreira de economista em um instituição pública e estabeleceu com alguns parceiros a Igreja Universal do Reino de Deus. Eles acreditam no Antigo e no Novo Testamento – portanto, cada cristão é primeiramente judeu, a partir do que surge a ligação com o judaísmo e com Israel. Macedo e outros bispos costumam usar quipás e fazer com os talits, presos com elegantes abotoaduras de prata, muitas orações faladas em três línguas: hebraico, inglês e português. Os elementos da Igreja são decorados com luzes e símbolos associados ao judaísmo. Recentemente, foi realizada uma oração em massa em favor de Israel em hebraico, língua em que o status da instituição aparece no Facebook
Macedo não costuma fazer entrevista e acrescentou que, a pedido do Mosaf Calcalist, respondeu a algumas perguntas por escrito e, em cada reposta, enfatizou a ligação entre o judaísmo e o cristianismo: “A fé bíblica é uma. Você não pode separar as raízes judaicas do cristianismo. Jesus e seus apóstolos eram judeus, e Ele não ignorou os princípios da fé judaica. Pelo contrário, ele reforça e complementa o que Abraão, Isaque e Jacó começaram. Em Salmo 122.6 é dito que precisamos orar pela paz de Jerusalém, e nós fazemos isso o tempo todo, em cerimônias e em nossos programas de rádio.”
A decisão de construir uma réplica do Templo nasceu no coração de Macedo há 8 anos, quando visitou Jerusalém. Ele queria que todos os membros da sua Igreja pudessem andar pelo menos uma vez na vida na mesma terra e pedra em que Jesus andou. Na entrada para o Templo há um candelabro (menorá) enorme, semelhante ao que está na frente do Parlamento de Israel. No pátio do Templo foi construído um jardim com 12 oliveiras, como aquele onde Jesus orou na noite de Sua crucificação, e tremulando na parte da frente está a bandeira de Israel, juntamente com a do Brasil e de outros países onde a Igreja se encontra. Construíram também um museu com a cúpula de cobre que permite ao visitante fazer uma viagem para Jerusalém nos tempos da Bíblia.
“A maioria das pessoas que acreditam no Deus de Abraão não terá a mesma oportunidade de caminhar nas mesmas ruas que testemunharam a revelação de Deus”, explica Macedo. “Uma réplica do Templo traz um pedaço da Terra Santa para o Brasil, uma atmosfera muito espiritual. O Templo é uma maneira de restaurar os princípios da fé bíblica. Não é um Templo da Igreja Universal, mas um Templo Universal para a humanidade, de qualquer raça e crença, para quem quiser conhecer o Deus da Bíblia e ter uma renovação da fé original.”
Macedo ensina aos seus seguidores a teologia da prosperidade que está na Bíblia, especialmente no livro de Malaquias. Encontra-se nesse livro um contrato, segundo o qual se os seres humanos obedecerem a Deus, Ele daria segurança e conquistas. Perfeitamente visto na sociedade brasileira, que goza de crescimento econômico nos últimos anos. Foi criada uma nova classe intermediária que busca uma forma de expressar uma gratidão por seu novo status, e a Universal fornece a eles a forma perfeita de fazer isso. Membros da classe média ofertam a décima parte à Igreja, e a Igreja se expande, o que a permite executar seu trabalho entre uma população frágil e vulnerável, como pessoas viciadas em drogas.
Riqueza também é solução para alguns problemas, claro, e o novo movimento evangélico cresce e prospera entre as redes sociais. Com isso também cresce a inveja e a ira de outras denominações cristãs, e alguns escândalos já estavam ao redor. Dizem que a Igreja usa doações para fins filantrópicos, com inúmeros processos pessoais e judiciais para examinar o assunto. 
Macedo está no ranking dos 55 pastores mais ricos, diz a revista Forbes do Brasil, segundo a qual com um capital líquido de 1,4 bilhão de dólares. Entre seus principais ativos, de acordo com a revista, estão a Rede Record (a segunda rede de comunicação do País),  o banco Renner, uma imobiliária, um jato particular e a renda de 34 livros escritos e vendidos – 10 milhões de copias até agora. “Eu não sou o mais rico no Brasil, mas o pastor mais rico no mundo. Duvido que haja alguém mais rico do que eu em algum lugar”, disse há alguns anos com cinismo. E eu duvido que exista uma casa de oração que teve tanto investimento. Foi construído a partir de doações, sem economizar nada. Por exemplo, o altar é coberto com folhas de ouro e decorado com pedras que representam as 12 Tribos de Israel. Os vitrais foram transportados de tamanho inimaginável: 100 metros quadrados, através do qual vê-se um batistério. Enquanto o Templo original em muitas áreas era somente aberto para os que exerciam o Santo serviço, aqui, esclareceu (o bispo Macedo): “Todos, sem exceção, poderão entrar gratuitamente, todos que queiram buscar a Deus, em contraste com o antigo Templo, onde apenas o sumo-sacerdote podia entrar no Santo dos Santos.”

Os seres humanos precisam desse Templo

Na Rua Tirtsa, bairro em que se encontra uma das duas igrejas em Israel, o bispo Aroldo Martins levanta uma porta de ferro barulhenta e logo podemos ver que no seu interior há um local semelhante a uma sinagoga de bairro e uma lojinha judaica para turistas, localizada na rua Ben Yehuda. No salão principal, bancos forrados com tapeçaria bordô e um candelabro iluminado. Entre as duas colunas há um pequeno palco e, acima, a frase “Deus é fiel” em hebraico, sob a qual está um talit dobrado sobre uma cadeira. No corredor de entrada, uma luz fluorescente no teto acusticamente protegido. Na área de entrada, dentro de armários de vidro, termos e itens judaicos - candelabros, velas, pratos pequenos.
Martins, um homem alto, bem apresentável, com um sorriso cativante, começou a participar da Universal na década de 1980. Hoje, aos 53 anos, é bispo missionário viajante que, em suas viagens missionárias, morou nos Estados Unidos, África do Sul, América Central, Rússia, Finlândia, Irlanda, Reino Unido e Portugal. Nos últimos meses ele vive com sua família em Rishon Letsion e está como responsável pela Igreja Universal em Jaffa e Haifa, frequentada por aproximadamente 80 fiéis. Ele diz que a porta está aberta para qualquer pessoa, de qualquer religião, com qualquer adversidade. Nos folhetos, vemos a frase “Pare de sofrer” com o número de celular dele. “Não é uma utopia. Por meio da fé, sim, é possível parar de sofrer”, e ele acrescenta: “A maioria das pessoas precisa ser ouvida. Quando elas falam, sentem-se aliviadas e que Deus as visitou. Esta é a religião verdadeira de Deus, preocupar-se com os demais. Isso é o que significa o Deus de Abraão.”
Quando ele fala da força da fé, sobre a sua fé em Deus e nos milagres, seu rosto se ilumina. As raízes de sua família são da Espanha, onde guardaram a suas tradições judaicas em segredo. Seus ancestrais foram expulsos para Portugal e, de lá, mudaram-se para o norte do Brasil.
De certa forma, Martins expressa melhor essa mistura entre o judaísmo e o cristianismo da qual falam na Universal. “Somos uma comunidade de cristãos e judeus messiânicos crentes em Yeshua (Jesus, como dito em aramaico)”, diz. “Por isso não queremos competir com a construção do Templo em Jerusalém e a perspectiva judaica da vinda do messias, e não temos a intenção de dizer que esse é o terceiro templo que foi reconstruído e vice-versa. Nós ensinamos as pessoas a amar Israel e a fé judaica, e trazemos muitos peregrinos a Israel. Qual é a melhor maneira de preservar os valores de Deus do que construir um templo com a arquitetura do que Salomão construiu? Ele foi o primeiro, o maior e mais belo de todos. Um caminho real para honrar o Deus de Abraão e Israel. Por isso era importante que objetos e pedras fossem de Israel, apesar de ter sido um grande esforço. Isso tem um significado espiritual. Aqui é o berço de nossa crença religiosa e a fé em Yeshua.”

Respostas ao jornal Mosaf Calcalist

Macedo também salientou a importância da autenticidade dos pertences judaicos: “O simbolismo da Bíblia tem um profundo significado para aqueles que querem aprender sobre o relacionamento entre Deus e a humanidade. Confirmamos cuidadosamente todos os objetos e símbolos dos judeus, fiéis às suas raízes. Cada detalhe do Templo nos leva a uma verdade espiritual. Nós acreditamos que Deus é único, e todos esses símbolos expressam a Santidade de Deus e nos ajudam a despertar para a Sua importância em nossas vidas.”

Quando a conversa com Martins chega a uma etapa de crítica sobre a riqueza da Igreja e a riqueza de Edir Macedo, ele nos dá uma explicação surpreendente: “Ele não tem nada, como cada um de nós. A emissora de televisão tem o nome dele, porém não pertence a ele. Seus filhos não herdarão nada dele. Nós somos 180 bispos e mais de 50 mil pastores, e não temos bens pessoais em nosso nome. Vivemos em função da missão de Deus, e esse é o significado da Igreja Universal, do bispo Macedo e do Templo de Salomão. Nós não buscamos poder, mas dar uma oportunidade para as pessoas começarem um relacionamento com Deus. O templo foi construído para adorar ao Deus de Israel. Deus não quer um templo criado por mãos humanas, mas as pessoas, sim, precisam do Templo para se encontrar com Ele.”
Você também pode ver a matéria original em http://www.calcalist.co.il/local/articles/0,7340,L-3640984,00.html.
http://www.universal.org/tags/templo-de-salomao
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