Dois em cada 10 consumidores estão endividados por ceder o nome a terceiros
Existem 900 mil novos nomes na lista de devedores. Esse é um dado alarmante, pois, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), representa quase 40% da população adulta, com idade entre 18 e 95 anos.
Além disso, o SPC e o CNDL entrevistaram 602 consumidores nos últimos 12 meses, com faixa etária igual ou superior a 18 anos, e os dados obtidos comprovaram que 17% dos entrevistados ficaram no vermelho porque emprestaram seus nomes para terceiros, sendo 31% para amigos e 22% para irmãos. Boa parte deles afirmou que fez isso pensando em ajudar o conhecido.
Em nota divulgada pelo portal SPC Brasil, o profissional José Vignoli, educador financeiro da instituição e do portal Meu Bolso Feliz, avalia que é compreensível emprestar, mas diz que a situação dificilmente termina bem. “É preciso lembrar que talvez essa pessoa esteja pedindo ajuda porque não pode comprovar sua renda ou então porque não conseguiu pagar uma dívida anterior. Seja qual for o motivo, o risco de que ela não consiga honrar o compromisso sempre existe”, alerta.
A pesquisa mostra ainda que 41% dos consumidores que emprestaram seus créditos pagaram a dívida integralmente, já que as pessoas que solicitaram o nome desapareceram sem quitar a dívida. “Não se deve tomar uma decisão dessas sem antes considerar cuidadosamente a questão. Você tem o dinheiro para honrar a dívida, caso a pessoa que pediu seu nome não possa pagar? Do contrário, você é que ficará inadimplente”, orienta o educador financeiro.
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