quarta-feira, 9 de junho de 2021

Dormir com raiva pode matar

Estudo aponta a necessidade de resolver conflitos antes de ir para a cama


Dormir com raiva diminui a expectativa de vida. Essa é a conclusão a que chegou um estudo realizado pela Universidade Estadual de Oregon (EUA). De acordo com a pesquisa, o ressentimento prejudica a saúde mental e, consequentemente, a saúde física.

Os pesquisadores avaliaram o comportamento e a saúde de 2.022 pessoas com idades entre 33 e 68 anos. De acordo com as descobertas, quando alguém não resolve suas brigas antes de ir para a cama, sente os efeitos negativos no corpo ainda no dia seguinte. O acúmulo dessa prática gera danos à qualidade de vida.

Isso acontece porque os níveis de estresse seguem altos quando o organismo deveria estar recuperando sua energia.

O próprio fato de não ser capaz de controlar os sentimentos é estressante em si.

Por outro lado, as pessoas que resolvem os conflitos antes de dormir não sentem esses efeitos durante a noite ou no dia seguinte. Não é preciso “vencer” a discussão. Chegar a um acordo ou mesmo perdoar o alvo da ira é suficiente para que os efeitos negativos sejam eliminados.

Robert Stawski, autor sênior do estudo, explica que “todos experimentam estresse em suas vidas diárias, você não vai impedir que coisas estressantes aconteçam”. Entretanto, conforme a pessoa aprende a lidar com os conflitos e resolvê-los, a saúde é preservada.

“Resolver seus argumentos é muito importante para manter o bem-estar na vida diária”, afirmou Stawski ao site inglês Daily Mail. “Mas a capacidade de você reduzir o estresse para que ele não tenha esse impacto corrosivo sobre você ao longo do dia ou alguns dias, ajudará a minimizar o impacto potencial de longo prazo”.

Suas atitudes controlam seus sentimentos

Em seu blog, o Bispo Renato Cardoso explica que “sentimentos ruins são como uma febre. Você literalmente sente no corpo os seus efeitos, eles lhe impedem de agir normalmente, e você não vê a hora que acabem. A diferença, porém, é que você não tem muito controle sobre a febre, mas tem sobre seus sentimentos”.

Esse controle existe porque os sentimentos seguem o comportamento de cada pessoa. Quem se esforça em alimentar a raiva, sentirá ela por mais tempo. Em contrapartida, quem está focado em superar esse sentimento, pode fazê-lo.

“Digamos que você está com raiva, tristeza ou desânimo. Seu corpo literalmente lhe dá os sinais e sintomas: agitação, abatimento, fraqueza, nervosismo… Os sentimentos são reais. O enfraquecimento é presente”, explica o Bispo. “Procure agir como se a raiva, tristeza ou qualquer outra emoção não estivesse ali. Sua raiva lhe diz para tratar mal seu cônjuge ou simplesmente ignorá-lo? Trate-o bem. Converse normalmente. Vá até além: faça gentilezas que não costuma fazer. Repita o processo. A sua raiva vai passar mais rápido e dar lugar a bons sentimentos”.

O Bispo ainda ressalta que “ação precede emoção. Suas atitudes determinam seus sentimentos. O que você faz afeta como você se sente. Crie os sentimentos que você quer pelas atitudes que você toma. Não seja escravo de seus sentimentos. Seja senhor deles”.

Crises de raiva também podem indicar transtorno comportamental explosivo. Clique aqui e saiba mais sobre o tema.


Dormir com raiva pode matar
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