O
nosso país tem enfrentado muitas dificuldades económicas e financeiras
ao longo da sua História, com 874 anos de independência e 870 de
reconhecimento como nação. Durante o tempo da Monarquia, os críticos do
regime consideravam que existia muito desperdício, o que causava um
défice elevado. E este foi um dos motivos que levou a que tenha
acontecido um dos eventos mais importantes do século XV, os
Descobrimentos. Com o intuito de tentar resolver os problemas das
finanças públicas, Portugal foi à descoberta de muitos países e deu
novos “mundos” ao Mundo. Com a queda da Monarquia e a implantação da
República surgiu na cabeça das pessoas a ideia de que um novo paradigma
estaria a chegar. Mas, mais uma vez, as coisas não correram tal como
havia sido prometido e apregoado, pois as dificuldades que o país viveu
levou a que se instalasse um regime ditatorial do Estado Novo.
Durante
41 anos, o país viveu a repressão social, política e financeira, não
existindo liberdade. No entanto, durante este período as contas públicas
estiveram equilibradas, sempre a custo do sacrifício de muitos direitos
e garantias. Por três vezes Portugal recorreu a apoio externo para
equilibrar as contas públicas: em 1977, apenas três anos de ter sido
destituída a ditadura, aconteceu a primeira bancarrota, com o na altura
presidente da República Ramalho Eanes e o primeiro-ministro Mário
Soares; em 1983 aconteceu o segundo resgate, ainda com o mesmo
presidente, mas com um governo de bloco central, entre o PS e PPD/PSD; o
terceiro resgate aconteceu em 2011, na altura o presidente da República
era Cavaco Silva e o primeiro-ministro José Sócrates. Será que após
todos estes resgates Portugal ainda tem esperança? Na minha modesta
opinião, penso que temos muita esperança, pois ainda que sejam muito
pequenos os sinais de recuperação, estes já se começam a sentir.
O
desemprego tem baixado ao longo de três meses, retirando assim o
chamado efeito da sazonalidade. Afinal, a hotelaria e a restauração
criaram cerca de cinco por cento dos empregos e a venda de carros
continua a subir. A indústria do azeite em Portugal apresenta sinais de
crescimento e desenvolvimento. Afinal, para superar as dificuldades
temos de olhar para os bons exemplos e segui-los, encarar os erros e
corrigi-los.
João Filipe
Diretor - Folha de Portugal
Blog Amigos da Universal!
Diretor - Folha de Portugal
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