segunda-feira, 17 de abril de 2017

O mal da perseguição religiosa

A brutalidade gerada pela intolerância ainda é visível no mundo todo. Só em 2016, 90 mil cristãos foram mortos

Atualmente, temos visto nos noticiários dezenas de manchetes relacionadas à intolerância religiosa e às ações repressivas que têm feito muitas pessoas sofrerem no mundo todo e ainda ocasionado milhares de mortes. Muitas delas realizadas por meio de grupos extremistas que coíbem os que não concordam com seus princípios religiosos, incluindo os cristãos. 
Segundo a organização Portas Abertas, que monitora casos de violência e perseguição por motivos religiosos, a intolerância contra os cristãos só cresceu. De acordo com estimativa do Centro para o Estudo do Cristianismo Mundial, vinculado à Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, mais de 500 milhões de pessoas no mundo todo não professam livremente a fé cristã. Conforme o estudo, em 2016, 90 mil cristãos foram assassinados devido à perseguição religiosa, o que representa uma morte a cada seis minutos.
O cenário a cada ano é assustador. Em setembro de 2015, por exemplo, todas as nações ficaram estarrecidas com o terror vivido pelos refugiados da Síria, que partiram de suas terras por causa de guerras e conflitos ocasionados pelo Estado Islâmico.
Segundo o relatório Tendências Globais, divulgado pela Agência da ONU para Refugiados, naquele ano, cerca de 4,9 milhões deixaram a Síria com medo das ameaças.
Na África, não é diferente. Na Nigéria, por exemplo, em 2015, 2 milhões de pessoas, seguidoras do Cristianismo, tiveram de deixar suas casas no norte do país por causa das ameaças do grupo terrorista Boko Haram. Só naquele país, no mesmo ano, ocorreram 4.028 assassinatos de cristãos.
De lá para cá, as perseguições aos cristãos continuaram. Entre os meses de fevereiro e março deste ano, cerca de 300 deles já fugiram da Península do Sinai, no Egito, por causa de ataques e ameaças do mesmo grupo extremista, que ocupa também aquela região.
De acordo com a agência France-Presse e a Record TV, até o momento, eles estão sendo abrigados por uma igreja, em Ismailya, no Egito, e remanejados em alojamentos.
Experiências marcantes
Os primeiros evangelizadores da Universal na Rússia chegaram em 1997. Na comitiva estava o bispo Aroldo Martins  e sua esposa, Meri Jane (foto ao lado), que atualmente estão em Curitiba, no Paraná.
Pouco tempo depois de terem se mudado para lá, começaram a viver uma perseguição religiosa. Isso porque o Ministério da Justiça do país havia promulgado uma lei determinando que todas as organizações religiosas com menos de 15 anos no país deveriam perder a sua legalidade. Apenas as igrejas que eram da época da antiga União Soviética tinham liberdade de atuar no país.
Então, ele e outros pastores da Universal e de outras igrejas se uniram para conseguir fazer com que a Palavra de Deus pudesse ser divulgada livremente no país. “Formamos uma aliança evangélica e conseguimos comprovar que os primeiros missionários pentecostais americanos, que entraram na União Soviética na época da Segunda Guerra Mundial, eram da mesma fé que estávamos professando.”
Contudo, enquanto essa comprovação não acontecia, a perseguição era intensa. “Diziam que íamos ser expulsos do país, que não teríamos o visto renovado e éramos sempre revistados.”
Logo que compraram um imóvel para abrir uma igreja, começaram os ataques da população. “As janelas do prédio eram quebradas, víamos piquetes na porta, ameaças da polícia querendo fechar e até skinheads com correntes para nos agredir”, recorda.
O bispo relembra que, mesmo depois de terem quitado o imóvel, não havia garantias de que teriam a escritura regularizada. “Durante uma reunião, a igreja foi invadida por vários agentes de imigração com cachorros. Eles nos colocaram contra a parede e procuravam nos intimidar.”
Enquanto a perseguição acontecia, ele e os outros pastores perseveravam na fé, crendo que o trabalho evangelístico na Rússia ficaria livre. Algum tempo depois, conseguiram a regularização do governo. “É claro que a mão de Deus foi importante, mas também vencemos porque comprovamos nosso direito”, enfatiza.
O bispo Danilo Sgambatti (foto ao lado), responsável pelo Grupo Calebe em todo o Brasil, também enfrentou ações repressivas durante o trabalho evangelístico em Angola, na África, entre 1993 e 1995.
Na época, enquanto se dedicava como pastor da Universal, acontecia a Guerra Civil Angolana, que colocava toda a população no meio de um conflito armado.
Assim como os empreendimentos e repartições públicas, as instituições religiosas eram alvo de ataques. “Havia uma ação repressiva contra todos, com toque de recolher, então muitas vezes ficávamos com a igreja fechada por vários dias. Tinha lugares em que éramos impedidos de falar, porque muitos diziam que iríamos colocar uma religião de fora. Se chegávamos em uma província angolana, tínhamos que pedir autorização para o mais velhos. Se ele não permitisse, voltávamos embora”, conta.
O bispo ressalta que a pregação era feita com muita cautela. “Era muito difícil evangelizar, não podia ser em qualquer hora. Éramos sempre averiguados para não sermos levados presos”, finaliza.

Colaboraram: Daniel Cruz e Débora Vieira
O bispo relembra que, mesmo depois de terem quitado o imóvel, não havia garantias de que teriam a escritura regularizada. “Durante uma reunião, a igreja foi invadida por vários agentes de imigração com cachorros. Eles nos colocaram contra a parede e procuravam nos intimidar.”
Enquanto a perseguição acontecia, ele e os outros pastores perseveravam na fé, crendo que o trabalho evangelístico na Rússia ficaria livre. Algum tempo depois, conseguiram a regularização do governo. “É claro que a mão de Deus foi importante, mas também vencemos porque comprovamos nosso direito”, enfatiza.
O bispo Danilo Sgambatti (foto ao lado), responsável pelo Grupo Calebe em todo o Brasil, também enfrentou ações repressivas durante o trabalho evangelístico em Angola, na África, entre 1993 e 1995.
Na época, enquanto se dedicava como pastor da Universal, acontecia a Guerra Civil Angolana, que colocava toda a população no meio de um conflito armado.
Assim como os empreendimentos e repartições públicas, as instituições religiosas eram alvo de ataques. “Havia uma ação repressiva contra todos, com toque de recolher, então muitas vezes ficávamos com a igreja fechada por vários dias. Tinha lugares em que éramos impedidos de falar, porque muitos diziam que iríamos colocar uma religião de fora. Se chegávamos em uma província angolana, tínhamos que pedir autorização para o mais velhos. Se ele não permitisse, voltávamos embora”, conta.
O bispo ressalta que a pregação era feita com muita cautela. “Era muito difícil evangelizar, não podia ser em qualquer hora. Éramos sempre averiguados para não sermos levados presos”, finaliza.

Colaboraram: Daniel Cruz e Débora Vieira

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