sábado, 20 de outubro de 2018

“O objetivo final da China é eliminar toda forma de religião”, denuncia padre católico


Líder de igreja chinesa pede que o Vaticano reconsidere acordo com o governo comunista


O padre que pede para ser chamado de “Paulo”, lidera uma igreja católica na província de Hebei. Falando à International Christian Concern, ONG que monitora a perseguição religiosa, está denunciando que “objetivo final do atual regime chinês é eliminar toda religião”.
Como prova, Paulo apontou para o “Regulamento Revisado sobre Assuntos Religiosos”, implementado em fevereiro pelo Partido Comunista da China e que resultou no fechamento de igrejas, prisão de fieis, Bíblias sendo queimadas e estudantes sendo forçados a assinar documentos renunciando à sua fé.
Não foram apenas os cristãos que sofreram retaliações. Milhares de muçulmanos foram enviados para os chamados “campos de reeducação”, onde realizam trabalhos forçados e só podem sair após renunciaram à sua religião, segundo relatos.
Padre Paulo disse estar inconformado com o acordo celebrado entre o Vaticano e o governo comunista. Ele explica que os funcionários estatais estão exigindo que os católicos restrinjam suas atividades religiosas “para proteger os interesses do governo”.
O controverso acordo do Vaticano em questão permite que o governo chinês selecione seus próprios candidatos a bispo. A Santa Sé anunciou em setembro que chegou a um acordo provisório que acabaria com sete décadas de conflito com a China.
Algumas lideranças católicas acreditam que o Vaticano não deveria legitimar as ações de um regime ateu.
Pastor chama acordo de ‘traição aos cristãos’
O pastor Bob Fu, presidente da missão evangélica China Aid, acrescentou que o acordo terá consequências sobre todos os que professam o cristianismo no país. “Trata-se de uma traição aos milhões de cristãos perseguidos na China e da Igreja católica global”.
Para ele, “Isso pode ser uma repetição da Alemanha de Hitler na década de 1940, quando a igreja estatal alemã consentiu com a perseguição e massacrou milhões de judeus”. “Como o Vaticano pode responder em boa consciência a este acordo enquanto o Partido Comunista da China acaba de lançar uma guerra secreta prometendo acabar com católicos e protestantes que considera ilegais? “, questiona Fu.
O papa Francisco, no entanto, prometeu assumir total responsabilidade pelo movimento, chegando a dizer que recebeu “sinais de Deus” que o ajudaram a decidir pela assinatura do acordo provisório. Ainda assim, o líder católico admitiu que “ambos os lados [perderão] algo”.
Com informações de Christian Post

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