
Banheiros
incendiados, paredes destruídas e armas apreendidas se misturam a
hematomas, fratura e depressão. Só na capital paulista mais de 70 mil
servidores da educação estão afastados em consequência de estresse. Mas
este não é um problema exclusivo da rede pública. Marcados pela
violência, muitos dos que sonharam dedicar a vida ao ensino abandonam a
carreira.
Esse pequeno texto foi retirado da Folha Social, um jornal on-line,
mas daqui por diante, as palavras serão minhas. Eu já fui aluna, e tenho
dois pais que são professores, há bastante tempo já, por sinal. Vou
deixar aqui o meu testemunho do que eu vejo todos os dias, para quem
tiver a paciência de ler. A quem se candidatar, agradeço desde já. Para
começar, estudei nove anos em uma escola privada, e vi todo tipo de
falta de respeito por parte de aluno. Houve uma vez em que a professora,
que nos ministrava inglês e estava grávida, pediu para que os alunos
fizessem silêncio, porque ela iria explicar o conteúdo que havia passado
na lousa. Os meninos não pararam, ela pediu uma… duas… três e não
adiantou. Tentou continuar do mesmo jeito, mas era tanta algazarra, que
mal escutávamos a voz dela. Até que um menino catou um toco de giz e
tacou na cara dela, sem motivo algum… ela estava apenas explicando. A
mulher colocou as mãos no rosto e desabou a chorar. De dor? com certeza
não, de nervoso! Ela foi parar no hospital. Os pais dos meninos foram
chamados, e eles colocaram a culpa na escola, nos professores e se
duvidar até em Jesus Cristo. A responsabilidade de terem criando mini
monstros não era deles, a sociedade que arcasse com suas falhas como
pais.
Quando acontece reunião na escola, para os professores conversarem
com os pais sobre seus filhos, como andam suas notas, sua velocidade de
aprendizado, aparece uns gatos pingados. Todos sabemos que existem pais
que trabalham, tudo bem, mas existem uns, que como acontece aqui na
minha cidade, ficam o dia inteiro sentados nas portas de casa tomando
tereré e conversando a toa. Ai, quando aparecem na escola ( uma vez a
cada passagem do cometa Halley), vem com agressividade para cima dos
diretores, coordenadores, professores. Um exemplo? Avisam que por algum
motivo o filho está dando trabalho e atrapalhando o ambiente escolar. O
dito pai aparece na escola e diz ” vocês não tem capacidade de educar
meu filho?”. escuta, a obrigação é de quem mesmo?
Mas ainda posso dar outro exemplo simples. No começo do ano nas
escola públicas aqui do estado, no ato do matrícula, os pais recebem um
formulário, que proíbe que os alunos levem celulares e aparelhos
eletrônicos para a escola. Todos ficam cientes disso. Esses dias uma
menina levou o dela, e alguém roubou, sumiu, não se sabe. O pai apareceu
lá, dando de dedo na cara da diretora, como se a culpa fosse dela. No
formulário estava escrito que a escola não se responsabilizava. Até
porque é ambiente escolar, o que os alunos precisam para assimilar o
conteúdo está lá, para que celular? Para fazer igual uma menina do
começo do ano, que tirava foto dos peitos no banheiro e mostrava para as
crianças do 6° ano? Para isso? Hmm… algo me diz que não.
Tem outra coisa bem legal que acontecem nas escolas hoje em dia
também.”Menores” e inocentes infratores. Eles entram nas escolas, vendem
drogas ( para crianças de 10, 9 anos. COISA QUE EU JÁ VI… MUITAS, MAS
MUITAS VEZES), estragam uma classe inteirinha com baderna, palavriado
chulo e falta de respeito. Havia uma sala na escola, maravilhosa. O
trabalho lá rendia, os alunos iam bem nas matérias e a sala era um
sôssego. Até o conselho tutelar ( um bando de velha que não sabe de
nada) jogar a santidade de um menor infrator na sala. O que aconteceu?
Acabou com tudo, a sala ficou em estado deprimente. Crianças antes
educadas e aplicadas, entraram na onda do menino e até drogas começaram a
usar. Ai vem a promotoria e diz que o menino fazia as coisas erradas (
roubava casa e usava entorpecentes) porque não tava na escola, porque se
estivesse, não faria nada disso. Jogam a criatura lá e viram as costas,
sem nem perceberem a onda de caos que deixam para trás. O que eles
querem é se livrar do rojão, ai jogam na escola. Os órgão públicos
fazem isso, os pais fazem isso. O que mais falta?
Tem gente que diz que é falta de pulso do professor. Existem umas
salas, que tem uns meninos do tamanho de umas portas, como nas classes
em que eu estudei. Quando o professor dizia alguma coisa, eles
levantavam da carteira, inchavam o peito e iam para cima, dizendo coisas
como: “Repete o que você disse?” O que o professor de pulso tem que
fazer? Responder e levar um soco na cara? Ou correr o risco de pegarem
um filho seu na rua e darem um cacete? Porque eles fazem isso, e não
pensam duas vezes.
A educação anda um caos, porque os parâmetros de nossa sociedade
estão um caos. O governo e as instituições lavam as mãos, pagando
merreca para o professor, que além de mediador do conhecimento tem que
ser: psicólogo, juiz de paz, pai, mãe… etc etc! Jogam as crianças na
escola com um “se virem”. Os pais que em grande maioria estão
preocupados com, deixa eu ver: NADA!
Então, se alguém quer reclamar da escola, dos professores, olhem para
essa pirâmide, cada vez maior e mais encravada em nossa sociedade.
Um vídeo muito bom para complementar o que eu disse, a realidade. Que
apesar de presente, tem que ser gritada, porque parece que ninguém ouve.
Blog Amigos da Universal!