segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Deus ao gosto do freguês

Por que é tão fácil para o mundo abraçar uma religião e tão difícil obedecer a Deus?

O cardápio das religiões é bem variado. Tem religião para quem quer um deus, tem para quem quer vários deuses e até para quem quer ser seu próprio deus. Tem religião para quem não quer sair de sua zona de conforto e para quem gosta de se martirizar. Tem para quem deseja seguir um mestre e para quem quer uma filosofia de vida em que não se veja subordinado a ninguém. A humanidade sente um vazio que precisa preencher de alguma forma; precisa de algo para crer. E não há limite para o que se pode esperar em matéria de crenças. Por essa razão existem tantas, dizendo o que as pessoas querem ouvir.
Em uma missa realizada alguns meses atrás, o papa Francisco defendeu a ideia de que os que não creem em Deus também serão salvos por Ele, ao fazerem o bem e respeitarem suas próprias consciências. Na tentativa de se aproximar e manter diálogo com os ateus, o papa criou polêmica até mesmo entre os fiéis da Igreja Católica. Para uma igreja que tradicionalmente se considera a única forma de se chegar a Deus e para um líder que sempre foi tomado como o representante de Cristo na Terra, a incoerência entre o que prega e o que diz representar é grande demais.
A mentira das religiões
Mas é exatamente esse o problema com as religiões (todas, sem exceção). Elas não são mais do que ideias humanas criadas para que as pessoas se sintam conectadas com algo, ainda que com elas mesmas. As religiões não têm compromisso verdadeiro com Deus, mas com seus dogmas. Mudanças de discurso são aceitáveis para elas, desde que sirvam aos seus interesses.
Por esse motivo o verdadeiro Evangelho é tão intragável para muitos. Deus não muda Seu discurso para se adequar ao pensamento de cada época, Ele fala o que as pessoas precisam ouvir para serem salvas, gostem ou não. E geralmente elas não gostam.
Se dependesse somente de Sua misericórdia, com certeza a salvação seria para todos, mesmo para os que não creem nEle. Mas ainda que fosse para salvar alguém bom e caridoso nessa condição, Deus teria de ir contra a Sua justiça, contra Si mesmo. A maioria das pessoas, pelo visto inclusive o papa, não consegue enxergar que, para Deus, a justiça vem antes do amor.
O remédio amargo
Certa vez, Jesus foi abordado por um jovem rico que lhe perguntou o que deveria fazer para herdar a vida eterna. O rapaz era uma boa pessoa e cumpria todos os mandamentos, mas seu coração já tinha outro dono. Jesus pediu que ele se libertasse da única coisa que o impedia de seguir a Deus: seus bens. Mas o coração do jovem estava preso em sua fortuna, então deu as costas e foi-se embora. Nem o amor de Deus pôde salvá-lo.
As religiões, com exceção daquelas que prendem seus adeptos pelo terror, costumam usar palavras doces para atrair as pessoas. Falam de paz, de amor e caridade e procuram não criar atritos. Sua intenção é serem facilmente digeridas e abraçadas. O Evangelho, no entanto, nem sempre é palatável. Como um remédio amargo, mas eficaz, é o único capaz de fazer a diferença entre a vida e a morte para uma humanidade tão doente.
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