O Centro de Ajuda tem desenvolvido um trabalho evangelístico e de cariz social notável um pouco por todo o mundo
Folha de Portugal (F.P.): Como é que chegou ao Centro de Ajuda?
Pr. Fabrício (Pr. F.): Quando cheguei tinha muitos
problemas familiares que deram origem a uma depressão. O meu pai era
traficante de droga e desde criança assistia à polícia a entrar na minha
casa. Cresci nesse meio e isso fez de mim uma criança revoltada.
Com o tempo acabei por ir pelo mesmo caminho. Fui viciado em tabaco,
álcool e drogas até aos 18 anos e, por causa disso, a minha vida
transformou-se num inferno.
O meu irmão tinha o sonho de estudar nos Estados Unidos e acabámos por
ir viver para lá. O meu vício com drogas piorou e tive, inclusivamente,
duas overdoses.
A minha mãe sofria muito porque via toda aquela situação e não sabia o
que fazer. Foi nesta situação que um amigo me convidou para ir ao Centro
de Ajuda.
F.P.: Como foi o seu processo de libertação de tudo isso?
Pr. F.: Eu tinha batido no fundo do poço e, por isso,
queria muito uma saída. Já tinha tentado algumas vezes mas o vício era
muito forte. Deixava durante um mês ou dois, mas depois as recaídas eram
muito piores e foi quando tive as overdoses.
Já tinha ido a outras igrejas mas não existia um trabalho de libertação,
o que me levava a desistir. Quando cheguei ao Centro de Ajuda e vi
aquele trabalho de libertação, entreguei-me totalmente porque vi que ali
ia ser ajudado.
Quando vi que me consegui transformar numa outra pessoa, começou a
nascer em mim o desejo de também eu, ajudar outras pessoas. Fui obreiro e
tornei-me pastor ainda nos Estados Unidos.
F.P.: Como é que tem sido o seu percurso na obra?
Pr. F.: Estive nos Estados Unidos, onde iniciei em
Atlanta e em Nova Iorque, voltando uma vez mais a Atlanta, e depois fui
para Espanha, onde fiquei oito anos até vir para Portugal.
F.P.: E agora, como encara este desafio de ir para o Líbano?
Pr. F.: É-nos ensinado no Centro de Ajuda acerca dos
desafios e esta ida para o Líbano é isso mesmo, um desafio que será
certamente muito bom. Vamos conseguir mostrar o Deus em que nós cremos e
que temos pregado e ensinado às pessoas.
A minha bisavó é libanesa e há uma comunidade grande de brasileiros no
país, pelo que vamos tentar começar por esse grupo de pessoas e depois
passar para os nativos daquele país.
F.P.: A situação de guerras e conflitos daquela região não o assusta?
Pr. F.: Mesmo sendo um país muito próximo da Síria,
onde têm ocorrido vários conflitos e massacres, isso não me intimida,
pelo contrário! É ali que estão as pessoas que estão a sofrer e que
precisam de nós.
Se o Centro de Ajuda não tivesse saído do Brasil para os Estados Unidos,
eu nunca teria tido a oportunidade de ter conhecido o seu trabalho, de
ter transformado a minha vida e, inclusivamente, poderia estar morto
agora… É este o espírito que levo para o Líbano, o da oportunidade de
dar a conhecer a outras pessoas este nosso trabalho e salvar vidas.
CentrodeAjuda
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