segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Vaticano indicia cinco pessoas por documentos vazados

Do que a Cúria Romana tem medo? Instituição não aceita denúncias comprovadas e pune os “inimigos”

Segredos, mistérios, medo e suspense. Em 2012, uma série de escândalos veio à tona após o vazamento de documentos secretos envolvendo o Vaticano. 

O caso repercute até os dias atuais e, no final de novembro deste ano, a Justiça do próprio Vaticano indiciou cinco pessoas: os jornalistas italianos Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi, o padre espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda, a consultora italiana Francesca Immacolata Chaouqui e Nicola Maio, um colaborador de Vallejo. Todos podem pegar até oito anos de prisão. De acordo com a lei do Vaticano, a divulgação de arquivos confidenciais é considerada crime.

Nos arquivos, há cartas confidenciais do ex-papa Bento XVI, relatos de escândalos sexuais e crimes, como pedofilia e desvios de dinheiro, entre outros.

O caso recebeu o nome de “Vatileaks” pela imprensa e todas as notas, mensagens e telegramas divulgados mostram outro lado do Vaticano, rodeado por mentiras, conspirações e disputas de poder. Esses textos foram divulgados em livro pelo jornalista investigativo Gianluigi Nuzzi. O nome dele despertou um grande desconforto em toda Cúria Romana, que, imediatamente, iniciou uma investigação para descobrir o responsável pelo vazamento das informações.

Os cinco acusados de “formação de quadrilha” – por terem divulgado notícias que afetam os interesses da cúpula católica – são símbolos que representam a verdadeira face da Igreja Católica: uma instituição com muitos segredos e que, agora, revela ter medo da verdade.

No período da Inquisição, na Idade Média, no século XII, os tribunais condenavam todos aqueles que eram considerados uma ameaça à doutrina católica. Hoje em dia não há mais Inquisição, mas os julgamentos atuais mostram que a Igreja ainda esconde muitas coisas atrás de suas doutrinas. Será que existe o receio de que as verdades sejam reveladas? Quem não deve, não teme.

Não seria mais coerente assumir o erro e seguir em frente? Ao que parece, a Igreja não quer que a realidade seja apresentada.

Os escândalos de corrupção e pedofilia são exemplos de que há algo de errado com a Igreja Católica. Eles estão contribuindo para que a instituição perca credibilidade e, principalmente, fiéis no Brasil e ao redor do mundo.

De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a Igreja Católica perdeu cerca de 1,7 milhão de seguidores na última década. Diante de tantas polêmicas e de tantos crimes abafados em Roma, não é difícil compreender os verdadeiros motivos.

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