Do que a Cúria Romana tem medo? Instituição não aceita denúncias comprovadas e pune os “inimigos”
Segredos, mistérios, medo e suspense. Em 2012, uma série de
escândalos veio à tona após o vazamento de documentos secretos
envolvendo o Vaticano.
O caso repercute até os dias atuais e, no final de novembro deste
ano, a Justiça do próprio Vaticano indiciou cinco pessoas: os
jornalistas italianos Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi, o padre
espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda, a consultora italiana Francesca
Immacolata Chaouqui e Nicola Maio, um colaborador de Vallejo. Todos
podem pegar até oito anos de prisão. De acordo com a lei do Vaticano, a
divulgação de arquivos confidenciais é considerada crime.
Nos arquivos, há cartas confidenciais do ex-papa Bento XVI, relatos
de escândalos sexuais e crimes, como pedofilia e desvios de dinheiro,
entre outros.
O caso recebeu o nome de “Vatileaks” pela imprensa e todas as notas,
mensagens e telegramas divulgados mostram outro lado do Vaticano,
rodeado por mentiras, conspirações e disputas de poder. Esses textos
foram divulgados em livro pelo jornalista investigativo Gianluigi Nuzzi.
O nome dele despertou um grande desconforto em toda Cúria Romana, que,
imediatamente, iniciou uma investigação para descobrir o responsável
pelo vazamento das informações.
Os cinco acusados de “formação de quadrilha” – por terem divulgado
notícias que afetam os interesses da cúpula católica – são símbolos que
representam a verdadeira face da Igreja Católica: uma instituição com
muitos segredos e que, agora, revela ter medo da verdade.
No período da Inquisição, na Idade Média, no século XII, os tribunais
condenavam todos aqueles que eram considerados uma ameaça à doutrina
católica. Hoje em dia não há mais Inquisição, mas os julgamentos atuais
mostram que a Igreja ainda esconde muitas coisas atrás de suas
doutrinas. Será que existe o receio de que as verdades sejam reveladas?
Quem não deve, não teme.
Não seria mais coerente assumir o erro e seguir em frente? Ao que parece, a Igreja não quer que a realidade seja apresentada.
Os
escândalos de corrupção e pedofilia são exemplos de que há algo de
errado com a Igreja Católica. Eles estão contribuindo para que a
instituição perca credibilidade e, principalmente, fiéis no Brasil e ao
redor do mundo.
De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a Igreja Católica perdeu cerca
de 1,7 milhão de seguidores na última década. Diante de tantas polêmicas
e de tantos crimes abafados em Roma, não é difícil compreender os
verdadeiros motivos.
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