terça-feira, 30 de junho de 2009

Visão



Visão, no sentido literal da palavra, quer dizer: função sensorial pela qual os olhos, por intermédio da luz, põem o homem em relação com o mundo exterior. No entanto, não vamos falar de visão física, até porque esta
é limitada, vamos, sim, nos fixar na visão espiritual, que, por intermédio da luz da Palavra de Deus, faz gerar a fé sobrenatural, que põe o homem em relação com o mundo espiritual, pois esta, sim, é ilimitada. E umas das funções da fé é capacitar o ser humano para ver o invisível. Pois ela transcende o que é lógico, viaja mais longe do que o nosso pensamento ou imaginação. Assim como um edifício que existe na mente do arquitecto,
a fé sobrenatural suplanta a inteligência humana porque procede de Deus. E como exemplo de visão iremos falar de um “cego”.

“Aconteceu que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas” (Lc 18.35). Ele pedia esmola porque estava cego, tal como a pessoa, enquanto está cega espiritualmente, vive a pedir esmola a Deus, pois não consegue ver a Sua Grandeza, e certamente viverá na dependência dos outros.

“E, ouvindo o tropel da multidão que passava, perguntou o que era aquilo. Anunciaram-lhe que passava Jesus, o Nazareno” (Lc 18.36-37). Quando lhe anunciaram o Senhor Jesus, a sua visão espiritual foi despertada. Então, ele clamou: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E os que iam na frente o repreendiam para que se calasse; ele, porém, cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!” (Lc 18.38-39). Observe que o cego começou a clamar independentemente de todas as dificuldades, não ficou à espera que Jesus fosse ao seu encontro ou que alguém intercedesse por ele, pois quando uma pessoa está decidida à cerca daquilo que quer, não aceita que alguém o faça por si, pelo contrário, empenha-se, dedica-se a 100% até alcançar aquilo que almeja.

“Então, parou Jesus e mandou que lho trouxessem. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe: Que queres que eu te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu torne a ver! Então, Jesus lhe disse: Recupera a tua vista; a tua fé te salvou.
(Lc 18.40-42). O pedido que uma pessoa faz a Deus mostra o tamanho da sua fé e também da sua visão. Para nós que pregamos a Palavra de Deus é muito mais fácil fazer com que uma pessoa que já teve tudo na vida e perdeu acreditar que pode recuperar, do que levar uma pessoa que nunca teve nada a acreditar que se possa tornar rica. Cada pessoa tem uma maneira diferente de fazer ou ver as coisas.

Estavam três pedreiros a trabalhar lado a lado, fazendo exactamente a mesma coisa. Uma repórter aproximou-se e fez-lhes a mesma pergunta: “O que está a construir?”.

Vejamos as respostas:
Primeiro pedreiro: “Estou a unir tijolos com massa”;
Segundo pedreiro: “Estou a erguer uma parede”;
Terceiro pedreiro: “Estou a construir uma grande e maravilhosa catedral”.


Os três faziam a mesma coisa, mas o resultado do trabalho é totalmente diferente quando a motivação, qualidade e o lucro residem na gratificação pessoal.

A visão é totalmente diferente de pessoa para pessoa. Assim também é a fé! Cada um tem a sua! É claro que a fé é uma convicção abstracta, que precisa de ser manifestada de forma concreta, senão não produz nenhum benefício prático. As pessoas de visão, quando as crises e situações adversas ocorrem, conseguem ver oportunidades, transformar o veneno em remédio, fazer do limão uma limonada. Enquanto as outras só vêem desgraças ou até mesmo o fim dos seus sonhos.

Como mudar a visão?
A partir do momento em que a pessoa deixa de ser um trabalhador inconsciente para ser um trabalhador consciente. Quando a mente infrutífera se transforma em mente geradora de novas ideias.

Quando a mínima dúvida ou suspeita de incapacidade forem trocadas pela fé em si mesma, no seu potencial e, sobretudo, em Deus, deixando de olhar para trás e olhando somente para o futuro.

Foi assim que Deus viu Abraão, não um homem idoso, com quase 100 anos, casado com uma mulher com quase noventa anos e estéril, mas alguém que viria a ser o Pai de grandes Nações. “...Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua descendência” (Gn 15.5).

Fonte: Congresso Financeiro
Segunda-Feira as 20hs - Lisboa

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