Em entrevista ao UOL, muitos consideraram a postura da banda liderada por Papa Emeritus 2º e seus asseclas no palco (os colegas músicos, que se autodenominam “ghouls”, algo como monstros ou mortos-vivos) uma ofensa contra os católicos e a imagem da igreja.
“Eu me incomodo. (O vocalista) quer passar a imagem de que tudo isso é uma brincadeira, mas acho um insulto para o católico. Uma vez , ele disse que o show é uma missa satânica. Musicalmente são bons, misturam canto gregoriano e rock metal, mas a mensagem é de satã”, criticou Rodiney da Silva, 42 anos, que se declara protestante.
“É liberdade artística. As pessoas têm o direito de se incomodar, mas eu não me incomodo. Sou amante da liberdade”, disse Bruno Acioly. Eduardo Mendes, que se diz católico não praticante, concorda. “Desde que não seja uma brincadeira maldosa, eu só me incomodo se ele fizer de uma forma sarcástica”.
Já Matheus Freire, de 21 anos, diz não aprovar o figurino do vocalista Papa Emeritus 2º, que reproduz características do chapéu, da túnica e do cetro usados pelos papas do Vaticano. “Acho uma ofensa. O cara está vestido de caveira com um chapéu papal. Acho que ele simplesmente quer mídia. O que bandas de rock fazem sem ser para aparecer hoje em dia?”, criticou o jovem.
A verdadeira identidade do vocalista Papa Emertius 2º, assim como a dos demais integrantes da banda, não é revelada. As músicas do grupo são marcadas por um tom macabro. Para eles cada show é uma “missa satânica”. A maquiagem carregada dá um aspecto sombrio, enquanto o vocalista mostra cruzes invertidas e invocava o demônio.
Fonte: B/U
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