Conheça os novos missionários da Universal
Vestidos
com ternos alinhados, os futuros missionários posicionam-se em pé sobre
o altar da Universal dentro do presídio Doutor Antônio Souza Neto,
localizado na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. É um momento
muito especial para todos eles, pois serão consagrados pelo bispo Afonso
da Silva, responsável pela evangelização nos presídios do Brasil, para
ajudar os presos com orações e a disseminação da Palavra de Deus.
O salão é espaçoso e abriga centenas de
detentos sentados em poltronas. Acima do altar, o letreiro
característico, com as palavras “Jesus Cristo é o Senhor”, confirma o
Autor dos milagres que ocorrem ali dentro. Um refúgio para a dolorosa
realidade expressada em grades e mais grades, atrás das quais os
detentos devem conviver enquanto refletem sobre as consequências de seus
atos.
Segundo o pastor Edson da Silva,
responsável pela evangelização no presídio de Sorocaba, a Universal
chegou ali há 12 anos. Ele conta que, no início, os pastores e obreiros
evangelizavam os detentos apenas nos dias de visita.
Porém, certo dia surgiu a oportunidade,
dada pela direção do presídio, de uma igreja se instalar dentro da área
carcerária. Nenhuma outra igreja teve interesse em arcar com os recursos
financeiros necessários, apenas a Universal, e foi assim que o trabalho
de restauração da vida dos que passavam por aqueles portões começou
diariamente.
Enquanto todos os presos oram em busca
da libertação, o bispo Afonso convida quem possui alguma enfermidade a
se aproximar do altar. Muitos são os testemunhos de cura: pessoas com
dores de cabeça, dores nos braços, entre outros males.
Então, o bispo diz: “Não importa a sua
idade, não importa o que você fez; o Senhor Jesus quer mudar a sua
história, Ele está esperando que você tome uma decisão em aceitá-Lo.”
Transformando vidas
Pela
crença geral na sociedade, para quem um dia é condenado a viver em uma
cela e “entra de cabeça” no mundo do crime, a reabilitação é um alvo
impossível de se alcançar, pois a vida na cadeia dá espaço para
pensamentos cada vez piores e improdutivos. Um ambiente propício para o
não uso da fé e para o crescimento da maldade.
Contudo, onde todos enxergam o fim do
caminho, a Universal, enxerga a oportunidade de um recomeço. Um exemplo
da possibilidade de mudança, promovida pelo Espírito Santo, é a vida do
presidiário Paulo José França Muniz, de 38 anos.
Ele começou a praticar assaltos aos 10
anos de idade, no estado da Bahia. Cresceu em um lar alimentado pelas
maldições: primeiro assistiu à separação dos pais e, logo depois, viu o
pai tirar a própria vida.
“Eu era muito respeitado na vida do
crime – roubando e matando. Tirei a vida de cinco pessoas. Com 17 anos,
dava muito trabalho aos policiais da Bahia, e minha mãe sofreu muito.
Quando ela ouvia falar que estava havendo um tiroteio na região, já
sabia que era eu. Ela não aceitava a vida que eu levava. Até que chegou
um dia em que a polícia falou para ela que eu não chegaria aos 18 anos”,
recorda.
Por um tempo, Paulo decidiu deixar o
mundo do crime. Então, a sua mãe, na esperança de ajudá-lo, permitiu que
ele fosse para São Paulo, capital, para se distanciar das más
companhias. Entretanto, não demorou muito para que ele formasse uma
quadrilha com foco em roubo de empresas de ônibus – uma atividade que
cultivou durante 6 anos.
Durante um assalto, Paulo e seus
parceiros foram presos e levados até a extinta penitenciária do
Carandiru, na zona norte de São Paulo.
“Me
vi ali dentro preso, cheirando ‘farinha’, fumando maconha, igual a um
louco. Todo mundo me abandonou. Me vi no fundo do poço. Fui evangelizado
por um obreiro da Universal. Armei uma armadilha para matá-lo, mas não
deu certo. Eu tinha uma raiva incontrolável do povo da Universal”,
lembra.
Dia após dia, Paulo sentia-se abandonado
por todos e já não via mais uma saída para o seu caso. “Eu me
encontrava numa situação em que pensava em tirar a minha própria vida,
pois já não tinha mais drogas para usar, nem família”, conta.
Porém, a ajuda que ele esperava veio de
um detento, que evangelizava a todos na cela, convidando-os para os
cultos da Universal realizados dentro do Carandiru. Com o tempo, Paulo
foi aprendendo a desenvolver a fé no Senhor Jesus, enfrentou muitos
desafios espirituais, mas conquistou a libertação. Hoje, mantém consigo
apenas o desejo de ajudar a outros prisioneiros que sofrem como um dia
ele sofreu.
“Nesses anos todos nada me abalou, por
esse motivo me dedico a fazer a Obra de Deus cada vez melhor. Estou
prestes a ganhar a minha liberdade e continuarei fazendo a Obra de Deus
aí fora”, diz.
Os missionários
Paulo faz parte do grupo de quatro
missionários consagrados nessa reunião especial, todos detentos do
presídio em Sorocaba. Um missionário tem autoridade para orar e
evangelizar, e, para conquistar esse direito, precisa ser batizado nas
águas, ter se libertado de tudo o que lhe fazia mal, ser selado com o
Espírito Santo e apresentar a transformação do Senhor Jesus.
Além de Paulo, também foram consagrados no altar Alexandre, Gilberto e Jefferson.
Alexandre Augusto, de 38 anos, já foi
obreiro da Universal um dia, entretanto, com o tempo, esfriou na fé e
deixou o desejo por estar na presença de Deus. Assim, começou a beber e a
usar drogas. Contudo, atualmente, sente-se bem consigo mesmo e é grato a
Deus pelo que Ele tem feito em sua vida. Por isso, deseja levar para
outros presos a mesma fé que aprendeu com os servos de Deus. Quando o
presídio cedeu o espaço para os cultos à Universal, Alexandre foi um dos
voluntários a erguer a construção do salão onde ocorreriam as reuniões –
o mesmo desse momento especial da consagração a missionário.
Gilberto Aleixo de Souza, de 41 anos,
também se envolveu com drogas e, como consequência, teve de cumprir pena
na cadeia. Porém, na prisão, desejou buscar por ajuda e assim conheceu o
trabalho da Universal.
Jeferson Aparecido Sebastião, de 32
anos, tinha um comportamento muito rebelde, até mesmo dentro da prisão.
Ele sentia tanto ódio de tudo, que ateava fogo com frequência em celas
do presídio, colocando em risco a sua vida e a de outras pessoas. Porém,
há 2 anos, ele pediu ajuda para a Universal, e, desde então, tem
dedicado sua permanência na cadeia para aprender mais sobre a fé
sobrenatural e ensinar aos outros detentos a como lutar contra o mal que
os aflige todos os dias.
A consagração
No momento da consagração, o bispo
Afonso pede para que os novos missionários dobrem seus joelhos no altar
e, juntamente com os pastores que o auxiliam, derrama a taça de azeite
sobre a cabeça de cada um, determinando que, por meio deles, Deus possa
alcançar outras vidas e transformá-las, para que haja Salvação dentro
dos presídios, por todo o País.
A partir daquele momento, os
missionários, embora estejam atrás das grades, já não são mais presos, e
sim, libertos pelo poder do Senhor Jesus, e prontos para levar essa
libertação para os demais.
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