O número de fiéis hindus mortos após um
tumulto ocorrido nas proximidades de um templo no estado central indiano
de Madhya Pradesh passou de 110, informou nesta segunda-feira (14) a
imprensa local. Centenas de pessoas ficaram feridas – 10 estão em estado
crítico.
Até a manhã desta segunda, haviam sido
contabilizados 115 mortos. A confusão aconteceu no sábado (12) de manhã
em uma ponte que leva ao histórico templo de Ratangarh, situado no
distrito de Datia, onde uma multidão tinha se reunido para uma
festividade em honra à deusa Durga.
Mais de meio milhão de pessoas
peregrinaram ao templo para comemorar o último dia de uma maratona de
festas que dura nove noites e dez dias.
A imprensa local publica duas versões das causas do acidente.
Uma delas fala que um boato de que a
ponte ia desabar é a origem da correria gerada, de acordo com ‘The Times
of India’. No entanto, algumas testemunhas responsabilizaram as forças
da ordem por agir com negligência.
Muitos peregrinos morreram asfixiados, outros afogados, depois que caíram no rio.
Os sobreviventes relataram cenas de caos e os esforços desesperados das vítimas para escapar da morte.
“Alguns arrancaram os saris dos corpos
das mulheres para usá-los como cordas e descer da ponte, mas não
conseguiram escapar. Se afogaram nas águas agitadas do rio”, contou à
AFP o vendedor ambulante Man Singh.
“As pessoas pulavam no rio, mas não conseguiam nadar contra a corrente”, declarou Manoj Shrama ao jornal ‘The Times of India’.
O chefe do governo de Madhya Pradesh, Shrivaj Singh Chouhan, ordenou a abertura de uma investigação para esclarecer a tragédia.
Os corre-corres são um fenômeno
frequente nas celebrações religiosas indianas e se devem em grande parte
às deficiências na gestão das grandes concentrações ou à precariedade
das infraestruturas que rodeiam os locais de culto.
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