sábado, 21 de novembro de 2015

Um ritual contra o abuso sexual

O drama de meninas africanas ressalta o de outras espalhadas pelo mundo. Saiba mais

Um procedimento muito comum em algumas regiões africanas para proteger as meninas do estupro e do assédio sexual tem chamado atenção. É o chamado “ritual de achatamento dos seios”, que consiste em deixar as meninas “menos femininas” comprimindo os seus seios e, para isso, é usado um ferro ou uma pedra quente.
Em recente relatório, a Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que cerca de 3,8 milhões de meninas africanas, entre 11 e 15 anos de idade, já participaram do ritual, que, em 58% dos casos, é praticado pela própria mãe.
Só que a preocupação em protegê-las de um problema de uma maneira tão cruel expõe essas garotas a outros muito maiores, como câncer, abcessos, febres severas e até o desaparecimento de um ou dos dois seios.
Mas será que tirar da criança o direito à integridade do seu corpo e à saúde é  o caminho para livrá-la de abusos, que é um problema não só na África, mas em todo o mundo?
Em 2014, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou em um estudo que mais de 5,4 milhões de brasileiros foram vítimas de abuso sexual na infância. A violência sexual é o segundo tipo de violência mais comum entre crianças de zero a 9 anos, perdendo apenas para a negligência e o abandono.
Um aspecto devastador desse tipo de abuso é, ainda de acordo com o estudo, que “entre todos os tipos de violência precoce, o abuso sexual é provavelmente o evento que leva a consequências mais drásticas e que permanecem a longo prazo”. Quem viveu essa terrível experiência confirma isso.

Orientação

No blog da escritora Cristiane Cardoso, Tereza Silva, a responsável pelo trabalho do Godllywood (trabalho de valorização da mulher desenvolvido na Universal) na Austrália, relatou como se sentia, mesmo muitos anos depois de um abuso que sofreu na infância. “Eu não tive culpa do que aconteceu, mas o meu erro foi ter demorado anos para enfrentar essa realidade – mudar a minha maneira de pensar, a forma como me via e reagia. Aceitava ser a coitada por causa de tudo o que aconteceu e pensava que não tinha como mudar isso”, compartilhou Tereza.

Um dos trabalhos desenvolvidos pelo Godllywood é o do grupo Raabe, que ajuda mulheres vítimas de abuso. A responsável pelo trabalho no Brasil, Carlinda Tinôco, explica que, nos casos que chegam de crianças vítimas de qualquer tipo de abuso, a mãe é orientada a buscar um conselho tutelar e, paralelamente a isso, recebe apoio emocional e espiritual para enfrentar uma situação como essa. “Nós no Raabe temos profissionais voluntárias para dar toda orientação sobre como proceder”, ressalta Carlinda.
Se você está vivendo uma situação dessas, procure uma Universal mais próxima para saber sobre o atendimento oferecido pelo grupo. Caso não seja o seu caso, mas você conheça quem esteja passando por isso, oriente a fazer o mesmo. Não se pode fazer vistas grossas diante de um abuso de qualquer tipo. As consequências são traumáticas demais para serem ignoradas.

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